2008-04-01

Viagens


Levantar âncora e entrar mar adentro é uma sensação que me desperta sentimentos díspares, dependendo do contexto da viagem. Existe sempre o ir, e por vezes, o voltar.
Quando rumo à descoberta de um novo local no inicio de umas ferias, abarcam-me sentimentos inigualáveis de felicidade.
Adoro poder afastar-me para explorar ou desenterrar emoções no desconhecido, vendo desaparecer o meu porto (sempre) seguro no horizonte.

No regresso, enfrento o mesmo mar, mas com outras ondas (nunca navegamos as mesmas águas). É nesses momentos que a melancolia toma conta de mim, e o pôr do sol traz a noite com menos brilho.
Sei que novas viagens estarão para vir, e que o céu ou o mar esperarão por mim até outra partida.

É a alegoria da vida: abandonamos portos, regressamos a casa (é sempre bom ter um lugar para voltar), enfrentamos tempestades ameaçadoras e mares crespos, mas teremos sempre vontade de partir novamente, mesmo sabendo que a bruma poderá esperar por nós em cada desembarque.